quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Flagrante em terra indígena


Que o desmatamento está caindo, ninguém nega. Mas os velhos problemas da
Amazônia estão bem longe de serem solucionados. Num sobrevoo feito esta
semana pelos estados do Pará, Mato Grosso e Maranhão, o Greenpeace avistou e
documentou a retirada ilegal de madeira da Terra Indígena Caru. Coisa comum
por aquelas bandas.
Situada no município de São João do Caru, no noroeste maranhense, a TI foi
criada em 1982 e de lá pra cá assistiu ao avanço veloz do desmatamento em
suas bordas. Junto a uma reserva biológica e outras duas terras indígenas, a
área é uma ilha de floresta – apesar de boa parte já estar degradada –
em meio à devastação. Mas sua proteção oficial não tem freado a pressão
de fazendas e madeireiras. Pelo menos 9% da mata já foram derrubados ali
dentro, um total de 15 mil hectares.
A equipe do Greenpeace fotografou, no interior da TI, dois caminhões
carregados de toras e um acampamento improvisado. De cima, é possível
enxergar algumas estradas abertas para escoar madeira e desmatamentos já
consolidados. Nesta sexta-feira foi encaminhada uma denúncia ao Ibama e à
Funai, para que tomem as devidas providências.
No ano passado, agentes desses órgãos já haviam se deparado com atividades
madeireiras nas terras indígenas da região. Durante a Operação Arco de
Fogo, agentes da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Polícia
Rodoviária Federal apreenderam toras e maquinários, fecharam serrarias e
embargaram empresas. Mas foi a fiscalização virar as costas e o problema já
estava lá de novo.
O Greenpeace denuncia a continuidade da atividade madeireira na Terra Indígena
Caru e solicita aos órgãos competentes que tomem as devidas medidas para
proteger a área. Que seja feita a devida fiscalização, a apreensão da
madeira e identificação e punição dos infratores.

fonte da Matéria site do Greenpeace
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Flagra-em-terra-indigena/

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